Quem apagará a Luz e fechará a Porta?
Mais uma vez a população moradora próxima do Lixão da ETE, localizado em zona urbana em Tapes, no Bairro Balneário Rebello, pedem providências para que se promova a solução de um problema que se avoluma com o tempo, e que pela negligência da Prefeitura Municipal, inoperância da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e inatividade do Conselho Municipal de Meio Ambiente acabam permitindo a continuidade de um crime ambiental que prejudica a qualidade de vida dos moradores da Avenida Mauá e ruas adjacentes.
Este local, em frente a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE/CORSAN), esta localizada no bairro é de conhecimento do Ministério Público desde 2005, quando produziram um Inquérito Civil e até momento se aguarda solução efetiva.
O local, que desde 2005 serve de depósito irregular de resíduos e com diversos problemas inerentes ao despejo de resíduos sem proteção do solo, recebe diariamente restos de construção, podas de árvores, animais mortos, restos inservíveis de móveis, eletro-eletrônicos, madeiras, vidros e outros tipos de lixos.
Pela quinta vez em dois anos foi ateado fogo por vândalos ou moradores indignados com o cenário de lixão a céu aberto, o que ocasiona inúmeros problemas a vida dos moradores próximos ou transeuntes que utilizam aquela via urbana para seus deslocamentos.
Novamente, mesmo com denúncias anteriores, inclusive estas documentadas em 2007, 2008 e 2009 e de matérias em jornais em que são alertados o Ministério Público, a PATRAM e a FEPAM para a gravidade do problema, ocorreu mais um incêndio criminoso neste domingo, 10 de maio, onde o acúmulo irregular de resíduos orgânicos secos e madeiras transformou-se em material combustível para queimar e lançar fumaça que atingiu diversos bairros populares, que levados pelo vento chegaram as residências dos tapenses a quilômetros de distância.
Fomos comunicados por dirigente da Escola de Samba Apito de Ouro e moradores próximos por volta das 10h30min da manhã de domingo, mas os moradores do bairro dizem que desde 8h30min avisaram a Brigada Militar de que mais um incêndio criminoso, este de grandes proporções estaria colocando em risco a saúde da população e em perigo o prédio da entidade carnavalesca. Devido a emissão de poluição atmosférica pela fumaça da queima dos lixos, o perigo à rede elétrica que cruza ao lado do lixão, além da continua poluição do solo pela falta de proteção para recebimento de diversos entulhos, pelo mau cheiro que empesta o ar nas proximidades e por ser este um local propicio a proliferação de vetores como ratos, baratas, moscas e pela proximidade com a zona urbana entendo como “totalmente irregular” o local, inexistindo licenciamento ambiental e muito menos estrutura condizente com o que alega a Prefeitura Municipal seja uma “área de transbordo”.
Os resíduos, depois de acumulados diversas semanas neste terreno público, estavam sendo enviados para os fundos do Distrito Industrial, que pelo volume e tipos de materiais com certeza estão ocasionando danos ao meio natural daquela região, distante cerca de seis quilômetros da zona urbana, na RS 717 com entrada pelo próprio Distrito Industrial.
Nos últimos tempos não é feita a retirada do bairro para o destino final por falta de caminhões em condições de uso na Prefeitura Municipal.
Por diversas vezes se recorreu ao Ministério Público para que promovesse uma ação contra a Prefeitura de Tapes para solução do problema e manutenção do local limpo e em condições de sanidade urbana, mas o contínuo despejo e as constantes queixas dos moradores, os incêndios criminosos, a total falta de compromisso de retirar os resíduos com periodicidade regular, mantém o ambiente com características de lixão a céu aberto.
Durante este último incêndio, após questionar uma Autoridade pública que passava por lá, sobre o problema do lixão, tive que receber como resposta um convite para “ir embora de Tapes”, pois segundo o neófito Edil da Câmara Municipal, quando abordado foi descortês com um cidadão dizendo: “tu só reclama, então tem que ir embora”.
Deveria este Vereador ter ficado no local para falar com um dos bombeiros voluntários de Tapes que por lá esteve combatendo o fogo, para saber que o Executivo não repassa recursos aos bombeiros acerca de quatro meses.
Baita problema de interesse de representantes do povo, eu imagino!
Pode ser que assim, “de vergonha” iria embora ele da cidade por ser Edil das hostes do Governo, e não fazer nem menção de querer saber sobre este outro problema da comunidade, assim como respeitar os cidadãos que residem em Tapes e se preocupam com estes e demais graves problemas.
E não é só fogo, pois quando chove quinze minutos em Tapes e alaga a cidade, me lembro da negativa do Edil para a “providência e limpeza dos Canos de Esgoto pluvial” que foi rejeitada pela Bancada Governista para não assinarem atestado de incompetência e ineficiência pública
Pior é saber que esta virando comum este Vereador e alguns Secretários “convidarem” as pessoas que reclamam da vergonha em que se encontram diversas “situações pertinentes” as próprias Autoridades “destemperadas”, de que é melhor sair de Tapes do que eles cumprirem com suas promessas diárias, as quais não conseguimos entender objetivamente para que servem e a quem interessam e qual a probabilidade de ocorrerem efetivamente.
A preocupação e pergunta que fica é “se a moda pega”, quem ficará lá em Nova Tapes, na esquina da BR 116 para apagar a luz e passar a tramela na porta da tapera que restará da futura Cidade dos Cavalos?
Poderia escrever sobre outros diversos problemas, mas deixo estas singelas colocações para a reflexão dos eleitores que ainda acreditam em promessas de contínua campanha ‘”politiqueira”.
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