sábado, 28 de agosto de 2010

Postagem de 2006 - Artigo 055

Desastres Políticos e Naturais

“Não sou religioso. Acredito na espécie humana. A espécie humana é muito recente e muito frágil, e pode desaparecer.
Deveria ser egoista no sentido de se autoproteger. A proteção do meio ambiente, essa deveria ser a religião do planeta.” - Sebastião Salgado
A distância entre estes desastres que ocorrem em nosso ambiente comum é enorme e também estão muito próximos, se considerarmos os exemplos de fenômenos naturais recentes que mostraram sua força para os seres “ditos” racionais, o que segundo os eco-apocalípticos “foi a ira da natureza contra os infiéis e seus aliados”. Tais situações recentes no campo político e se poderia enumerar grande quantidade de fenômenos só no âmbito federal, mostram também as graves conseqüências para a população depois de cada noticiário sobre os desastres políticos de Brasília.
O estado de “normose” é Pandemia no País, e atinge a todos em território nacional. E isto tudo, contando também com a política arrasa-amazônia, libera-transgênico, mata-pantanal, abre-usina nuclear e outras tantas, nos faz analisar sobre outra ótica a questão ambiental em geral e localizada em nossa realidade.
Questionamentos dos ambientalistas são vistos como afrontas ao sistema vigente, aos padrões da sociedade e dos bons costumes, e várias outras sandices necessárias como argumentos para justificar a omissão e/ou a conivência com as práticas e atitudes políticas perversas para com o meio ambiente e seus recursos, além de afetar-nos à todos em sociedade.
Mas, estas perguntas precisam ser postas no Jogo da Vida no Planeta, para que possamos pensar em um futuro com os recursos naturais preservados e utilizados com respeito.
Quem produz a poluição? Ou quais os interesses políticos e econômicos que estão por trás da poluição, da degradação, da extinção de espécies da fauna e da flora, da super exploração dos recursos minerais?
Em nome do quê, de quem e para quê? Do capital? Do estado? Do desenvolvimento social?
Enfim, o que nós ambientalistas combatemos é a continuidade de políticas e culturas agressoras e ignorantes quanto a importância do meio ambiente, da água com potabilidade, do solo com fertilidade, dos animais silvestres protegidos em suas florestas naturais preservadas, uma sociedade estabilizada quanto a questão do crescimento populacional, algo deverás impressionante, não posta em prática pelos governos, visto que tais políticas de controle da natalidade ou de planejamento familiar existem, sendo proteladas pelo Estado, negadas pela Igreja e criminosamente milhares de mulheres morrem por ano no Brasil, vítimas de clínicas clandestinas de aborto e da falácia parlamentar que não cumpre com o dever de regular e fiscalizar tais absurdos.
Entretanto, este assunto é demais para ambientalistas que gostam de fazer o mais fácil.
A exemplo do Tsunami que varreu a Costa da Ásia e destruiu com várias cidades, matando cerca de 230 mil pessoas em minutos, temos preocupações semelhantes em relação aos fenômenos políticos, quando um possível Tsulama venha a cobrir Brasília e outros estados, com as atitudes arrasa-quarteirões existentes, e que nada mais demonstram do que a total cegueira frente ao que pode ocorrer logo adiante, na evolução do meio em que vivemos, na retomada prevista para o futuro, quando a natureza começar a dar-nos o troco, por tudo o que poluimos, degradamos, exaurimos e etc...
Bom, mas isto é coisa de eco-apocalíptico, não percam o tempo com isso, e procurem uma vaga na Nova Arca de Noé.

Julio Wandam
Ambientalista

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