domingo, 8 de maio de 2011

Artigo 065 - Janeiro de 2006

Administração preocupada com a Lagoa

A Prefeitura de Tapes, segundo nota divulgada na última edição, está tratando com a UFRGS uma pesquisa para saber da situação da lagoa e de seu avanço sobre as margens da enseada, afetando os moradores e prejudicando os turistas pela falta de praias e espaços de areia na costa do Saco da Lagoa.


O que é importante lembrar, em uma escala de prioridades para sanar com os graves problemas do “habitat” Tapes, é a necessidade de menos estudos sobre a poluição e degradação das sangas do Meio e das Charqueadas, visíveis a olho nú, devido a situação em todos os pontos acessíveis, poucos devido as invasões, cercamento de áreas de preservação permanente por populares, que desmatam, constroem ligando os esgotos direto na sanga, jogando lixo dentro do recurso hídrico, prejudicando os peixes e as tartarugas e toda a fauna de aves e animais terrestres.


E o pior problema é a poluição pelos dejetos orgânicos que chegam na foz destas duas sangas, comprometendo a saúde pública, a balneabilidade das praias da cidade, e consequentemente, comprometendo o turismo.

Pior ainda, é a situação da agricultura do arroz, que suga a água das sangas para as lavouras, prejudicando o ecossistema e as espécies deste “habitat” e depois de utilizadas retornam carregadas de agroquímicos e material orgânico (lodo) da lavoura alterando o ambiente e matando muitos animais aquáticos. Quem se atreve a questionar esta cultura, ou melhor, monocultura que prejudica também o solo e os lençóis freáticos?

O que precisa é de mais ações concretas que minimizem os impactos de todo este processo contínuo de agressões, feitas na maioria das vezes por total incapacidade de entenderem que um dia este problema aumentará e nada mais poderá ser feito para reverter este quadro caótico.

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