Dois Pesos, Duas Medidas
O problema da permanência de um lixão em meio a floresta de Butiazais na Camélia, em Tapes, agora tem mais um ingrediente: uma Autorização indeferida (negada) para a Aracruz Celulose pelo órgão ambiental do estado, mostra uma situação em que se avalia o ambiente sob uma ótica e em outro caso, avalia pelo correto visto além do dano ambiental, o impacto que isto teria sob os holofotes da mídia, caso viesse à ser concluída a proposta de plantar Eucaliptos na área de banhados e charcos que se encontram em meio a tal paisagem notável.
A Autorização solicitada pela Aracruz, instrumento precário de licenciamento, que se saiba até nem mesmo com valor legal para estes tipos de situação, caso dos eucaliptos que estariam para ser plantados em uma fazenda na estrada que liga Tapes a Barra do Ribeiro, foi negada pelo fato de se tratar de uma área de importante biodiversidade e foco de estudos da Ministério do Meio Ambiente e Fundação Zoobotânica do estado. O texto integral está no documento n° 14/2006, de 20 de junho de 2006 em que a Aracruz está impedida de plantar a espécie.
A pergunta é óbvia: Pode um lixão 23 anos poluir, contaminar, degradar e modificar um ambiente natural como este em que estudos mostram a sua fragilidade? Pode as autoridades em várias esferas entenderem que a continuidade de despejo de lixo neste ambiente, deve continuar para privilegiar interesses que não os de sua conservação, proteção e recuperação do que já foi agredido em duas décadas?
E receber Autorização de n° 278/2006-DL, no dia seguinte, em 21 de junho da mesma FEPAM que impede a Aracruz de plantar Eucaliptos?
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