quinta-feira, 15 de julho de 2010

Postagem de 2009 - Artigo 014

Aterro Sanitário e as dúvidas sobre o “empreendimento”
Poucos dias atrás, amigo Enio Raffin enviou e-mail referente a assunto de interesse ambiental em Tapes, o Aterro Sanitário Intermunicipal para gerenciamento e tratamento dos resíduos sólidos de sete cidades da região, que irão despejar “lixos” (não segregados) em valas abertas, cobertas por geo-membranas, e captando o gás metano e o chorume, materiais altamente poluentes. O metano (CH4), é um gás gerado a partir da decomposição dos resíduos orgânicos, 21 vezes mais poluente que o gás carbônico (CO²). O chorume são os líquidos que percolam por entres as camadas de lixos acumuladas e prensadas, 21 vezes mais poluente que o esgoto, lançados nas sangas, arroios e córregos de Tapes e outras tantas cidades brasileiras.
O que deixa dúvidas, e para isso não há garantia alguma, é que o “tal” gerenciamento, tratamento e destino final sejam feitos como “agora”, no atual momento.
Explica-se: Cerca de uma semana atrás, recebi uma informação de que o “filé” do lixo não estaria chegando aos ex-catadores do Lixão da Camélia, e que as carroças estão recolhendo apenas “resíduos = rejeitos” sem valor para a venda pela Cooperativa, tendo diminuído os volumes de lixos. “Filé” são os resíduos de maior valor, como as latinhas de alumínio. Outra situação, está mais séria e com documentos comprovando, é a Usina de Triagem que recebeu Licença de Operação em janeiro de 2007, sem a visita/vistoria da FEPAM, que deveria ser feita para avaliar os equipamentos e a estrutura para poderem operar, isso em julho de 2008 um “empreendimento” que desde o primeiro dia de funcionamento, “não funciona” como deveria. O impacto de vizinhança que deveria ter sido “pensado” e “avaliado”, não o foi, nem mesmo a “audiência pública” houve, e o Sr. Morador ao lado do “empreendimento” acabou procurando o Ministério Público para buscar ajuda e resolver seu “problema”, criado por falta de “senso e penso” de que a comunidade precisa ser ouvida nestes casos.
Entende-se que a “Audiência Pública” para outro “empreendimento” atrás da Escola Agrícola, na RS 717, não fosse o tamanho, poderia até não existir, semelhante ao ocorrido no caso da Usina da Avenida Camaquã.
Quanto ao Lixão da Camélia, mais uma vez não conseguimos fechá-lo. Mas não desistiremos assim, mesmo que promovam “desinformações” do tipo: “o tranca-rua não deixou o Aterro ir para Sentinela”, e digam que “somos contra audiência pública”, entendemos que agem no sentido de abafar a real situação, e não assumirem a falta de “massa cinzenta” para usos múltiplos e diversos dentro de uma Administração Pública, desinformando também outros, alegando que teria “Eu” sido o “grande mentor” da ida do Aterro Sanitário para aquela cidade e depois teria sido o que “não deixou” o Aterro se instalar na comunidade. Explica-se novamente: A comunidade de Sentinela do Sul “decidiu”, os secretários da Administração “decidiram”, o prefeito “decidiu” pela “não instalação” deste empreendimento na cidade. Devaneios a parte “de parte” dos que acreditam estarem resolvendo o “problema”, fica a dúvida se o atual local é “próprio” para que este tipo de “negócio” de Aterros Sanitários venha se instalar aqui em Tapes, e se a comunidade será “ouvida” e “respeitada” a sua decisão.
Um caso bem emblemático é o “descontrole” no que insistem chamar de Aterro Controlado, que é gritante. Só a falta da Licença Ambiental da FEPAM há dois anos e nove meses, é preocupante não ter sido tomada alguma atitude de parte dos órgãos ambientais do estado.


O gerenciamento deste local, na Estrada do Butiá, oito quilômetros ao norte, que há 25 anos polui o ambiente próximo dos Butiazais de Tapes, chega a deixar-nos estimulados a manter acesa a luta contra a continuidade dos despejos até onde tivermos que ir e o tempo que for. Imaginem se o “empreendimento” acaba virando um lixão, o “Lixão do Capão Alto”, então teremos dois “lixões”. Alguma coisa “está mudando”!
E pior, para encerrar: “corre a boca miúda” pela cidade, foram quatro pessoas distintas que noticiaram a entrada de um caminhão de prefeitura da região, que teria se dirigido com lixos ao Lixão da Camélia.
Se foi na Camélia ou estava trazendo lixos de outras cidades para despejo neste local, o Caminhão basculante ou outro qualquer, com “placas brancas” ou não, esteve em nossa cidade e causou temor em algumas pessoas. Falta saber se começarão desde já a despejar resíduos em Tapes, ou, de sete (conta de mentiroso) não aumentará o número de cidades no consórcio..., o volume de lixos trazidos para o aterro..., e a montanha de dinheiro que gira com o “negócio” de “tratar e dar destino final” aos lixos públicos.

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